10 Considerações sobre A Fúria dos Reis, de George R. R. Martin, ou por que todos querem ter uma coroa

1 - A Fúria dos Reis é o 2º livro de As Crônicas do Gelo e do Fogo, e nele os acontecimentos continuam a se desenlaçar em tramas ricamente elaboradas e uma narrativa capaz de prender os leitores a cada página com suas surpresas e reviravoltas;

2 - Neste livro em particular, George R. R, Martin consegue um feito que muitos poucos autores são capazes, o de fazer com que o leitor interaja com a obra, seja nos momentos de raiva do autor com o caminho que ele dá a personagens, ou na tensão que emerge às paginas do livros para acampar em nossa derme, ou na ânsia gerada com a crueza e os cenários de um mundo em guerra;

3 - Embora um livro grande com suas quase 700 páginas, a leitura não se torna cansativa já que o método de Martin de contar por vários personagens acaba também dentro de uma única obra contando diferente jornadas, como a de Arya, que mesmo longe do centro de toda a intriga vive de certa forma uma jornada muito específica no livro;

4 - Neste segundo livro da série temos a magia e o mistério bem mais presentes, inclusive com enorme participação nos destino dos reis em fúria. Além disso, os dragões vivem novamente, além da ameaça dos outros, wargs e gigantes se tornar assustadoramente próxima; 

5 - Ação. Esta poderia também a ser uma das palavras a definir A Fúria dos Reis. Neste livro espadas são brandidas, flechas são atiradas, e lanças encontram a carne, queimada ou não por fogovivo. Ou seja, a luta e o sangue dão toda a tonalidade do livro;

6 - Mais do que nunca os personagens da série jogam o intricado jogo da sobrevivência. Num Westeros em combustão e conflitos todos acabam sendo mocinhos ou vilões, agindo conforme suas necessidades de manterem-se vivos;

7 - Em A Fúria dos Reis Martin acaba tratando de forma destacada a vaidade dos homens, pois em muitos casos a vaidade acaba levando determinados destinos que poderiam certamente ter sido diferentes. Pela vaidade há uma contingente de reis e príncipes, e pela mesma vaidade muitos senhores trocam de casas como se fosse suas malhas. A vaidade certamente é um dos principais combustíveis de A Fúria dos Reis, e do fogo que queima os campos e os castelos;

8 - Nunca espere por nada ao ler o livro. Martin sempre o surpreenderá, e as reviravoltas são uma constante, o que de certa forma deve mesmo ser normal num mundo tão conflituoso. Derrotas poderão se tornar vitórias, e vice-versa, ou ambas pouco podem significar, mas o fato é que sempre haverá surpresas que irão pegar o leitor de supetão;

9 - Embora menos bem humorado, mas com mais afazeres, em A Fúria dos Reis é a oportunidade de acompanharmos um pouco mais a sabedoria de Tyrion Lannister e o seu talento nato para política. Além disso nos momentos em que a valentia é necessária, o duende também não deixa nada a desejar;

10 - Enfim, A Fúria dos Reis é uma leitura necessária, com uma rica mitologia, numa trama enredada como uma teia de mil fios capaz de prender os leitores, como às aranhas a suas vítimas.



2 Comentários

  1. Douglas, eu to na página 261. E to quase largando o livro.

    Eu não aguento mais a quantidade excessiva de personagens. Eu nao tenho capacidade de criar na minha cabeça tantas pessoas diferêntes, nem lembrar quem é quem.

    Para mim, são só nomes falando isso ou aquilo. O livro tem uma história mto boa e deliciosa de se ler. Mas, a quantidade de personagens tem se tornado um pesadelo para a minha leitura e imaginação. Não to conseguindo. Alguma dica?

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    1. Pois é, neste volume há um pouco mais de personagens. Talvez minha dica seja a de seguir a leitura sem se preocupar com os personagens, logo verá que se ambientará ao cenário.

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